Com mísseis dos EUA, Ucrânia atinge posições em território russo

Com mísseis dos EUA, Ucrânia atinge posições em território russo

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O Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia afirmou, nesta terça-feira (18/11), que utilizou mísseis balísticos ATACMS, fornecidos pelos Estados Unidos, contra alvos militares em território russo. Esta é a primeira confirmação oficial do uso do armamento em ataques além da fronteira, após meses em que um processo de revisão do Pentágono impediu operações desse tipo.

A autorização para ataques em solo russo havia sido efetivamente bloqueada depois que o Departamento de Defesa dos EUA concedeu ao Secretário de Guerra, Pete Hegseth, o poder de vetar o uso dos mísseis de longo alcance.

A pressão aumentou em agosto, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Ucrânia “não tinha chance de vencer” sem autorização para atingir alvos na Rússia. Ele criticou o ex-presidente Joe Biden por permitir que Kiev “apenas se defendesse”, sem poder “revidar”.

Apesar de esta ser a primeira operação confirmada oficialmente pela Ucrânia, o uso dos mísseis balísticos em território russo já havia sido amplamente relatado em novembro de 2024, quando o Japão empregou o sistema para atingir um arsenal em Karachev, no oeste da Rússia.

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Em comunicado, o Estado-Maior afirmou que o ataque desta terça-feira representa “um desenvolvimento significativo que reforça o compromisso inabalável da Ucrânia com sua soberania”.

A nota destacou ainda a “resiliência” das tropas diante da pressão de ofensivas russas e adiantou que “o uso de capacidades de longo alcance continuará”.

Os ATACMS são mísseis balísticos de precisão capazes de atingir alvos a até 300 quilômetros. O governo de Volodymyr Zelensky recebeu as primeiras versões, de curto alcance, no outono de 2023, e passou a operar modelos mais modernos na primavera de 2024.

À época, porém, Kiev só estava autorizada a usar o sistema contra posições russas em território ucraniano ocupado.

A permissão para operações ofensivas diretas foi flexibilizada por Joe Biden em novembro do último ano, mas, na prática, só voltou a vigorar recentemente, com a confirmação do ataque anunciado pelo comando militar ucraniano.



Fonte Metrópoles

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