Tornado, ciclone ou furacão? Entenda diferenças entre os fenômenos

Tornado, ciclone ou furacão? Entenda diferenças entre os fenômenos

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Em um mês marcado por extremos climáticos, o Brasil deve enfrentar novos ciclones extratropicais em novembro de 2025. O cenário reacende dúvidas comuns: afinal, o que diferencia tornados, ciclones extratropicais e furacões e porquê  alguns são mais destrutivos que outros. Todos esses fenômenos têm algo em comum: são sistemas de baixa pressão que geram ventos fortes e chuva intensa.

Entretanto, as semelhanças param aí. Como se originam, o tamanho, a duração e a intensidade dos ventos acabam por variar drasticamente.

Onde cada um se forma

O tornado nasce no continente, ligado à base de nuvens do tipo supercélula. Ele é um funil giratório que toca o solo, geralmente associado a ambientes muito quentes e úmidos. A maior área de formação do planeta está localizada nos Estados Unidos, especialmente no centro-leste. E, no Brasil, acontecem principalmente no Sul.

Já os furacões — chamados de tufões no Pacífico oeste — são sistemas tropicais que surgem sobre oceanos quentes. Com grande extensão, núcleo quente, podem durar vários dias, provocando chuvas muito intensas e ventos acima de 150 km/h.

Os ciclones extratropicais, são mais comuns no Brasil, se formam em ambientes com forte contraste de temperatura e estão sempre associados à passagem de frentes frias. No Hemisfério Sul, giram no sentido horário e podem se estender por mais de 1.000 km. Apesar de intensos, costumam ser menos destrutivos que tornados e furacões.

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Previsibilidade

Outro fator que diferencia muito é a questão da “antecipação” que também varia muito. Meteorologistas conseguem identificar condições favoráveis para tornados com certa antecedência, mas o alerta real costuma ser emitido somente minutos antes da ocorrência, aumentando o risco.

Furacões, tufões e ciclones extratropicais, por outro lado, podem ser monitorados por dias, permitindo ações preventivas mais eficientes.

Força dos ventos

Tornados e furacões são classificados por escalas específicas — Fujita Aprimorada e Saffir-Simpson, respectivamente. Tornados podem ultrapassar 300 km/h nos casos mais extremos, enquanto os furacões chegam facilmente a 200 km/h.

Ciclones extratropicais intensos costumam gerar ventos pouco acima de 100 km/h, sendo, portanto, menos violentos. Já o tornado é visível a olho nu, com formato de funil.

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Defesa Civil de SC divulgou imagens dos estragos

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Fenômeno atingiu a região nessa sexta-feira (7/11)

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Tamanho em pauta

A diferença de escala impressiona:

  • Tornados: podem ter apenas alguns metros a até 2 km de diâmetro.
  • Furacões e tufões: chegam, em média, a 500 km entre o centro e as áreas de vento mais forte.
  • Ciclones extratropicais: superam 1.000 km de extensão.

Segundo o Inmet, a formação de novos ciclones extratropicais é esperada ao longo de novembro de 2025, sobretudo no Sul e no Sudeste. Estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná estão em alerta, seguidos por São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. Esses sistemas podem trazer chuva intensa, ventos fortes e quedas bruscas de temperatura.

Enquanto isso, Norte e Centro-Oeste mantêm o padrão quente e úmido típico da época. A expectativa é que as temperaturas mais amenas no Sul e no Sudeste durem até cerca de 20 de novembro, antes da volta gradual do calor.



Fonte Metrópoles

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