O GPA, grupo que controla a rede de supermercados Pão de Açúcar, vai cortar custos, despesas e investimentos em 2026, sob um plano que prevê redução do investimento para entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões, anunciou a empresa nesta quarta-feira (5).
Os cortes já vem ocorrendo e visam reduzir uma estrutura “inchada”, disse Rafael Russowski, que ocupa os cargos de presidente interino e diretor financeiro do GPA.
No terceiro trimestre, foi realizada a segunda etapa de um previsto processo de simplificação da estrutura administrativa com a redução de cerca de 700 cargos, principalmente na sua sede.
Além das demissões, ele destacou iniciativas como a otimização dos custos nos canais de comunicação, publicidade, redução de contratos de “facilities”, consultorias e despesas com tecnologia.
O plano prevê também uma redução de ao menos R$ 415 milhões nas despesas operacionais em comparação à estimativa dessas despesas para o encerramento de 2025. Nos 12 meses encerrados em 30 de setembro o investimento da empresa somou R$ 693 milhões.
Russowski disse a analistas durante a apresentação dos resultados de terceiro trimestre que os cortes de gastos serão feitos em três grandes blocos: demissões de pessoal; reduções de consumo e alterações e otimização de escopo.
O executivo também reafirmou planos de venda de ativos não estratégicos, onde a totalidade dos recursos gerados serão aplicados para a redução da dívida bruta.
O executivo comentou ainda que espera a conclusão de uma venda “significativa” em um prazo “razoavelmente curto”, mas não deu detalhes.
O GPA divulgou na noite de terça-feira (4) lucro líquido de R$ 137 milhões para o terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$ 310 milhões no mesmo período de 2024.
As ações da empresa tinham alta de 1,32% às 10h49, enquanto o Ibovespa mostrava ganho de 0,3%.
