O Exército de Libertação Popular (ELP), força armada da China, enviou nesta segunda-feira (29/12) forças navais, aéreas e de mísseis para cercar Taiwan, especialmente no sudoeste da ilha. O exercício militar ocorre em meio às tensões com o Japão e os Estados Unidos.
Segundo o Exército, a atividade tem como objetivo realizar “inspeções de fiscalização” e testar a capacidade de coordenação entre aeronaves de múltiplos tipos, além da aptidão das forças armadas para conquistar a supremacia aérea.
China x Japão
- A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, se tornou o centro das atenções ao declarar que Tóquio reagirá militarmente caso a China avance sobre Taiwan, ocasionando uma longa discussão diplomática entre ambos os países.
- Durante uma sessão no Parlamento japonês, a premiê foi questionada sobre ameaças à segurança do país. Ela afirmou que um bloqueio naval chinês a Taiwan, caso envolva ações militares, poderia representar um risco à sobrevivência do Japão, que teria de usar a força para se defender.
- O governo chinês não reagiu bem aos comentários de Takaichi. O Ministério das Relações Exteriores da China exigiu que ela retirasse as declarações sobre Taiwan.
O Ministério da Defesa de Taiwan condenou, na rede social X, as ” provocações irracionais da República Popular da China”. Segundo o órgão, os “exercícios de Resposta Rápida estão em andamento, com as forças em alerta máximo para defender a República da China e proteger nosso povo”.
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Eles informaram que foram detectadas nove embarcações da Marinha da China, além de dois navios oficiais, ao redor de Taiwan.
A movimentação chinesa ocorre após os Estados Unidos aprovarem um pacote de venda de armas para Taiwan, avaliado em mais de US$ 11,1 bilhões, que reforça a capacidade de defesa da ilha. O acordo é considerado o maior já destinado ao território.
O pacote inclui obuseiros autopropulsados e equipamentos como sistemas de foguetes de artilharia de alta mobilidade, sistemas de mísseis guiados por fio com rastreamento óptico e lançados por tubo, além de software, aparelhos e serviços para rede de missão tática. A China se manifestou contra a venda.
O país norte-americano também havia aprovado a venda de armas militares ao Japão um dia antes da aprovação para Taiwan.