O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, recebeu na última sexta-feira (12/12) militares do país enviados ao Leste Europeu para lutar ao lado de forças russas na guerra com a Ucrânia. Na ocasião, o mandatário norte-coreano admitiu baixas durante o conflito.
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Os militares fazem parte do 528º Regimento de Engenheiros do Exército Popular da Coreia, informou a mídia estatal do país, sem dar maiores detalhes sobre o número de soldados que retornaram ao país. Nove deles, contudo, morreram durante os 120 dias de missão no exterior, afirmou o líder supremo da Coreia do Norte.
Segundo informações divulgadas anteriormente pelo Ministério da Defesa da Rússia, os soldados de Kim participavam de operações de desminagem em Kursk.
“Com exceção da dolorosa perda de nove vidas, todos os oficiais e soldados do regimento retornaram à pátria, e expresso minha gratidão a vocês por isso”, declarou Kim Jong-un no evento.
O presidente da Coreia do Norte ainda não havia se pronunciado publicamente sobre o número de soldados norte-coreanos mortos durante a guerra — apesar de ter admitido baixas em junho deste ano.
Em outubro do último ano surgiram as primeiras notícias da presença militar norte-coreana no conflito entre Rússia e Ucrânia. Os números exatos ainda não são públicos, mas estimativas de agência de inteligência da Coreia do Sul e dos Estados Unidos afirmam que cerca de 15 mil soldados da Coreia do Norte foram enviados para o conflito, para lutar contra ucranianos na região russa de Kursk — que chegou a ser ocupada pela Ucrânia entre agosto de 2024 e maio de 2025.
A presença dos norte-coreanos no Leste Europeu surgiu após Kim Jong-un e Vladimir Putin assinaram um pacto de defesa, que prevê, entre outros pontos, a ajuda militar mútua caso um dos dois países seja alvo de ataques.