O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, nesta quarta-feira (3/12), que as negociações com parceiros sobre o conflito no país estão avançando e que sua equipe aguarda novas reuniões com os enviados do presidente norte-americano, Donald Trump, em Washington.
Segundo o líder ucraniano, representantes de Kiev participam de encontros em Bruxelas, incluindo o Conselho Ucrânia-Otan, e reuniões com equipes de segurança nacional de líderes europeus. Zelensky destacou que a Europa tem atuado efetivamente, tanto no apoio militar quanto na discussão de garantias de segurança pós-guerra.
“Estamos preparando reuniões nos Estados Unidos — após o retorno da equipe americana de Moscou e na sequência das consultas pertinentes em Washington — Rustem Umerov, Andrii Hnatov, juntamente com o restante da equipe de negociação, continuarão as discussões com os enviados do presidente Trump”, afirmou.
Segundo ele, a Ucrânia tem se mostrado “totalmente construtiva” e ágil na colaboração com os parceiros, incluindo os Estados Unidos.
O presidente ressaltou que espera receber retornos sobre as tratativas em breve, “sejam presenciais ou por telefone”.
Apoio europeu e da Otan
O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, afirmou ainda nesta quarta-feira que a aliança pretende gastar bilhões por mês em armas para a Ucrânia em 2025, reforçando a cooperação internacional em defesa do país.
Essa posição surge após a Rússia rejeitar pontos do acordo para encerrar o conflito e em meio à reformulação das políticas da aliança, que se tornou a principal financiadora da Ucrânia após a chegada de Trump à Casa Branca.
Situação no front
Enquanto a diplomacia avança, o campo de batalha permanece ativo. Moscou anunciou ter assumido o controle das cidades estratégicas de Pokrovsk e Vovchansk, no leste da Ucrânia. Kiev contesta a versão, acusando a Rússia de exagerar os ganhos militares.
O representante especial do Kremlin, Kirill Dmitriev, comemorou o encontro com um emoji de pomba branca, reforçando o simbolismo de avanço diplomático. Ainda assim, segundo o assessor russo Yuri Ushakov, “nenhum acordo foi alcançado” e não há previsão de encontro direto entre Putin e Trump; tudo dependerá do progresso das tratativas técnicas entre as equipes.



