O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ordenou a execução de uma nova fase do “Plano Independência 200” a partir das 4h da manhã desta terça-feira (11/11). A determinação do líder venezuelano tem implicações no comando, controle e comunicações da Força-Armada Nacional Bolivariana para preparar os milicianos em caso de uma possível luta armada contra os Estados Unidos.
O Plano Independência 200 tem o propósito de ordenar a mobilização massiva de meios terrestres, aéreos, navais, fluviais e de mísseis; sistemas de armas; unidades militares; Milícia Bolivariana; Órgãos de Segurança Cidadã e os Comandos para a Defesa Integral até esta quarta (12/11). A movimentação militar ocorre para defender a soberania e tem o propósito de “enfrentar as ameaças imperiais”, como Maduro se refere aos EUA sempre que menciona o país.
“O que nos importa o que diz o império norte-americano? Nem o seu presidente, nem o seu Congresso . Na América do Sul, estamos determinados a ser livres”, afirmou Maduro, nessa segunda (10/11), durante um programa na TV estatal do país.
Maduro ordenou a execução do plano diante das recentes ameaças dos EUA. Desde agosto, o país norte-americano empreende ofensivas navais com navios de guerra, submarinos e até o porta-aviões USS Gerald R. Ford, montando um “cerco” próximo à Venezuela, em águas internacionais do Caribe, sob a justificativa de combater o narcotráfico.
Com suporte de caças F-35 que monitoram a região, os EUA bombardeiam embarcações na rota marítma e já mataram mais de 70 pessoas, alegando que são “narcoterroristas”. Além deste avanço militar nas imediações da Venezuela, Trump autorizou a Agência Central de Inteligência (CIA) a realizar ações secretas em solo venezuelano, com o objetivo de intensificar uma campanha contra Maduro.
Ainda segundo o comunicado emitido após a ordem de Maduro, a mobilização militar da milícia venezuela se estenderá em “em todo o espectro do espaço geográfico nacional e em perfeita fusão popular militar policial”. O governo venezuelano ainda descreve que as Forças-Armadas do país estão mais fortalecidas ao se juntar com o povo venezuelano para preservar os “sagrados interesses do país”, prezando pela soberania e pela paz.