A Procuradoria-Geral da Turquia informou que 115 suspeitos ligados ao grupo fundamentalista Estado Islâmico (ISIS) foram presos após uma série de ataques terroristas serem desmantelados nesta quinta-feira (25/12). As ações eram planejadas para as comemorações de Natal e Ano Novo em todo o país.
Ao todo, 124 locais de Istambul, capital do país, foram alvos de buscas. Segundo as autoridades locais, os atentados tinham como principais vítimas potenciais as populações não muçulmanas.
O gabinete do procurador apontou que os detidos estavam em contato com células do ISIS de fora da Turquia, o que revela a natureza transnacional da ameaça.
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Durante as buscas, os agentes apreenderam armas de fogo, munições e o que as autoridades descreveram como “documentos organizacionais”. Ainda de acordo com os policiais, 22 seguem foragidos.
De acordo com as autoridades, as prisões marcam a etapa mais recente da ofensiva do governo turco contra o grupo armado, que é classificado como a segundo maior ameaça “terrorista” ao país.
Presença do ISIS
Em razão de sua posição geográfica e composição demográfica, por fazer fronteira com a Síria, a Turquia se tornou um dos principais alvos do Estado Islâmico. Desde 2019, o grupo tem ampliado a atuação na Ásia Central e consolidado ramificações em diferentes regiões da África.
Recentemente, o Estado Islâmico foi acusado de atacar um grupo de americanos em Palmira, no centro da Síria, em um atentado que matou dois militares e um intérprete.
Nesta semana, os serviços de inteligência turcos anunciaram a detenção de um suposto líder do grupo Estado Islâmico, “entre o Afeganistão e o Paquistão”. O suspeito, Mehmet Gören, foi levado para a Turquia e acusado pelo serviço de inteligência do país, o MIT, de “planejar atentados suicidas contra civis no Afeganistão, Paquistão, Turquia e Europa”.