Trump formaliza cortes de tarifas sobre China - 04/11/2025 - Mercado

Trump formaliza cortes de tarifas sobre China – 04/11/2025 – Mercado

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (4) uma redução nas tarifas ligadas ao comércio ilegal do fentanil e a prorrogação da suspensão de algumas das tarifas recíprocas impostas à China, formalizando pontos do acordo comercial firmado com o líder chinês Xi Jinping.

As medidas, estabelecidas em duas ordens executivas publicadas nesta terça, entram em vigor na próxima segunda-feira (10). A tarifa relacionada ao fentanil será reduzida pela metade, de 20% para 10%, enquanto Trump também prorrogou por um ano a trégua que reduziu a tarifa recíproca de 34% para 10%.

A prorrogação ocorre após a cúpula de outubro entre Trump e Xi, na Coreia do Sul, em que os dois líderes buscaram estabilizar o comércio entre as maiores economias do mundo depois de uma escalada de tarifas e restrições à exportação.

As taxas reduzidas representam uma concessão significativa à China. Elas fazem parte de um pacto mais amplo entre Trump e Xi para aliviar restrições comerciais após meses de anúncios de tarifas e medidas de controle de exportações entre os dois países.

Trump citou a promessa da China de remover controles sobre a exportação de elementos de terras raras e outros minerais críticos, além de encerrar retaliações contra fabricantes norte-americanos de semicondutores, como justificativa para estender a suspensão tarifária.

A China também se comprometeu “a comprar exportações agrícolas dos Estados Unidos essenciais para a economia e o bem-estar geral do país, incluindo soja, sorgo e toras de madeira”, disse Trump, acrescentando que Pequim suspenderia tarifas sobre uma “ampla gama” de produtos agrícolas americanos.

Sobre o fentanil, Trump destacou avanços nos esforços da China para reprimir o tráfico da droga e dos materiais químicos usados em sua fabricação.

“A República Popular da China se comprometeu a adotar medidas significativas para encerrar o fluxo de fentanil para os Estados Unidos, incluindo a interrupção do envio de certos produtos químicos designados à América do Norte e o controle rigoroso das exportações de outros produtos químicos para todos os destinos do mundo”, disse Trump na medida.

Trump afirmou que o Departamento de Estado e o Departamento de Segurança Interna continuarão monitorando a implementação do acordo por parte da China.

“Caso a China não cumpra os compromissos descritos na seção 1 desta ordem, posso modificá-la conforme necessário”, declarou Trump.

Esse acordo —com duração prevista de um ano— estabilizou uma relação turbulenta entre Washington e Pequim, marcada por ameaças e escaladas em busca de vantagem antes da cúpula.

O pacto Trump-Xi, porém, fica aquém de um acordo duradouro, abrindo espaço para renegociações em um ano e possíveis disputas sobre sua aplicação antes disso.

Ainda assim, o panorama tarifário completo permanece incerto. Diversos produtos estão isentos da tarifa básica, e outros continuam sujeitos a taxas pré-existentes.

O acordo reduz uma desvantagem comparativa da China em relação a alguns concorrentes. A tarifa de Trump sobre produtos chineses —há muito considerada a mais alta aplicada a um rival comercial dos EUA— agora se aproxima das taxas cobradas de diversos países do Sudeste Asiático.

A redução é bem-vinda por importadores americanos, que pagam as tarifas e vinham sendo afetados pela abordagem imprevisível de Trump, que tornou quase impossível o planejamento de longo prazo.

O acordo, no entanto, pode irritar os críticos mais duros da China, que defendem o isolamento do país por suas práticas comerciais predatórias e dumping. No geral, o pacto dá a Pequim um nível tarifário semelhante ao de outros grandes exportadores do Sudeste Asiático.

Trump disse esperar visitar a China no primeiro semestre do próximo ano e receber Xi nos Estados Unidos após essa viagem. Esses encontros servirão como marcos para avaliar o status da trégua.

O acordo também permanece sob uma nuvem de incerteza jurídica, já que a Suprema Corte dos EUA analisa a constitucionalidade do uso de poderes de emergência por Trump para impor tarifas diferenciadas por país.



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