O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter conversado por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, neste domingo (28/12) momentos antes de um encontro com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Flórida.
“Acabei de ter um telefonema bom e muito produtivo com o presidente Putin da Rússia antes da minha reunião, às 13h de hoje (horário local), com o presidente Zelensky da Ucrânia”, escreveu Trump.
Segundo ele, o encontro com Zelensky ocorrerá no salão principal de Mar-a-Lago, com presença da imprensa.
A conversa entre Trump e Putin acontece em um momento de forte escalada do conflito. Nos últimos dias, a Rússia intensificou ataques com mísseis e drones contra Kiev, o que aumentou a pressão internacional por avanços diplomáticos e deu caráter de urgência às negociações com a Ucrânia.
O enviado especial do Kremlin, Kirill Dmitriev, também reiterou a produtividade da conversa entre os líderes. “Uma chamada boa e muito produtiva”, escreveu Dmitriev nas redes sociais.
Novo encontro
Esta é a quarta vez que Zelensky vai ao encontro do republicano em busca de garantias de segurança à Kiev. A reunião mais tensa aconteceu em fevereiro, quando os dois tiveram um intenso bate-boca no Salão Oval. Trump e o JD Vance chegaram a elevar o tom contra o ucraniano acusando-o de dificultar um acordo de paz com a Rússia. Trump afirmou que Zelensky “não tinha as cartas na mão” e o acusou de “apostar com a Terceira Guerra Mundial”.
Já em outubro, Zelensky esteve novamente em Washington em busca de mísseis de cruzeiro Tomahawk. O norte-americano afirmou que o envio representaria uma “escalada” do conflito e recusou o pedido.
Pauta de Zelensky
O ucraniano, que já desembarcou na Flórida, planeja discutir com Donald Trump um plano viável para paz e garantias de segurança para a reconstrução da Ucrânia.
Mais cedo, Volodymyr Zelensky afirmou estar fazendo todo o possível para acabar com o conflito, entretanto as decisões sobre a paz dependem dos aliados de Kiev.
“Estes são alguns dos dias mais movimentados do ano em termos diplomáticos, e muita coisa pode ser decidida antes do Ano Novo”, disse em uma publicação no Telegram. “Estamos fazendo todo o possível para que isso aconteça, mas a tomada de decisões depende dos nossos parceiros. Depende daqueles que ajudam a Ucrânia e daqueles que pressionam a Rússia.”