O ministro do Comércio Exterior da França, Nicolas Forissier, declarou nesta sexta-feira (7) que comunicou às autoridades da China que a venda de bonecas sexuais com aparência infantil na versão francesa do site da Shein era “inaceitável”.
A França iniciou nesta semana um procedimento para suspender a gigante do comércio eletrônico pela venda dessas bonecas. Na quarta-feira (5), a Shein abriu sua primeira loja física em Paris.
O conglomerado fundado na China, mas com sede em Singapura, suspendeu temporariamente a venda de produtos feitos por terceiros em seu site francês, exceto para itens de vestuário.
A França também pediu à União Europeia que tome medidas contra a Shein, que prometeu cooperar plenamente com as autoridades francesas.
O ministro francês visitou o centro financeiro de Xangai em virtude de uma importante feira de importação e declarou que expôs a posição de seu país ao vice-ministro do Comércio chinês, Ling Ji.
“Era importante explicar isso às autoridades chinesas com um espírito de cooperação”, disse Forissier.
O ministro afirmou que expressou sua preocupação “de que na plataforma Shein sejam encontrados produtos que não são aceitáveis”.
Segundo Forissier, a reunião transcorreu “muito bem” e ele acredita que seu interlocutor “entendeu perfeitamente a mensagem”.
Uma porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China recusou-se nesta sexta-feira a comentar o assunto.
“Por princípio, o governo chinês sempre exige que as empresas operem de acordo com as leis e regulamentos e que cumpram com suas responsabilidades sociais”, disse Mao Ning aos jornalistas em uma coletiva de imprensa.