Séries: 3 mistérios ensolarados para assistir no streaming - 06/11/2025 - Ilustrada

Séries: 3 mistérios ensolarados para assistir no streaming – 06/11/2025 – Ilustrada

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Na contramão das dezenas, quiçá centenas, de detetives de seriados com um mistério insolúvel à frente e um trauma terrível no passado, cujos humores se traduzem no céu nublado, garoa constante e vento úmido molha-osso de cenários como a Escandinávia ou a Inglaterra, trago hoje três séries com investigadores que sofrem de todos esses problemas de personalidade e ainda têm de sofrer a humilhação de pôr a cara no sol.

Millie Black (2024)

Get Millie Black. HBO Max, cinco episódios.

Depois de anos na Inglaterra, a ex-detetive da Scotland Yard Millie Black (Tamara Lawrance) retorna à sua terra natal em Kingston, na Jamaica. As circunstâncias de sua partida de Londres não foram simples, e ela traz a mesma disposição para confusão ao departamento de polícia local, onde investiga o desaparecimento de uma jovem preta com a ajuda indesejada de um policial inglês branco (Joe Dempsie).

Ao mesmo tempo, Millie tenta lidar com o legado traumático deixado por sua mãe e com a descoberta de que o irmão que pensava ter morrido na verdade está vivo e é uma mulher trans (a estreante Chyna McQueen).

A série foi escrita pelo vencedor do prêmio Booker Marlon James, que se inspirou na própria mãe para criar a personagem principal. A resolução do mistério não é lá supersatisfatória —um episódio a mais ajudaria a construir melhor a conspiração—, mas as atuações são excelentes e o mundo da série, vívido sob o calor opressivo do Caribe.

Dark Winds (2022-)

Netflix, duas temporadas, 12 episódios.

Recém-chegado à Netflix, este é o seriado que inspirou a edição de hoje. Baseado na série de livros “Leaphorn e Chee”, do escritor Tony Hillebrand, acompanha o tenente Joe Leaphorn (Zahn McClarnon), um policial da força de segurança do território navajo, no deserto do sudoeste dos Estados Unidos, no final dos anos 1960 e começo dos 1970.

Com a ajuda do novato Jim Chee (Kiowa Gordon) e de seu braço direito, Bernadette Manuelito (Jessica Matten), Leaphorn investiga, na primeira temporada, o assassinato brutal de dois indígenas e ajuda o FBI a desvendar os culpados de um espetaculoso assalto a um carro-forte.

O grande barato da série, escrita por roteiristas indígenas, é mostrar a cultura e os costumes dos nativos-americanos da região de forma integral e essencial ao desenvolvimento da história, assim como as tensões raciais e coloniais que permanecem presentes.

A terceira temporada já foi ao ar nos EUA e deve chegar por aqui em 1º de dezembro, segundo a Netflix, e a quarta está em produção.

Perry Mason (2020-23)

HBO Max, duas temporadas, 16 episódios.

A menos ensolarada das três séries da lista, mas situada em Los Angeles, esta é a versão mais recente das histórias do advogado criminal criado por Erle Stanley Gardner nos anos 1930.

A primeira temporada, bastante desoladora, teve o azar de ir ao ar nos primeiros meses de lockdown durante a pandemia de Covid, quando o humor coletivo não era bem esse. A segunda, por sua vez, levou três anos para chegar ao público e não decolou, apesar da alta qualidade.

Matthew Rhys, depois de anos em “The Americans” (Disney+), volta a mostrar-se, aqui, um especialista em personagens depressivos. Seu Perry Mason começa como um veterano da Primeira Guerra Mundial na Grande Depressão que é recrutado para investigar o sequestro de um bebê.

Ao longo da história, ele passa de detetive particular a advogado, como nas versões anteriores. A segunda temporada, sobre o assassinato do herdeiro de uma família poderosa, o coloca no tribunal, cenário mais identificado com o personagem.

O elenco todo das duas temporadas é formidável. Destaco Shea Whigham, Juliet Rylance como a assistente Della Street (aqui com mais estofo que a secretária delicada/interesse amoroso dos livros) e Chris Chalk, que compõem o centro da história também nos livros, mas há muito mais nomes a citar, como Tatiana Maslany e Gayle Rankin, na primeira temporada, e Katherine Waterston e Paul Raci, na segunda.

O que está chegando

As novidades nas principais plataformas de streaming

A Melhor Mãe do Mundo

Netflix, 105 min.

De Anna Muylaert, traz Shirley Cruz como Gal, uma mulher que, num momento de desespero, esconde seus filhos em um carrinho de recicláveis e foge com eles em busca de uma vida melhor.

Como um Relâmpago

Death by Lightning. Netflix, quatro episódios.

Conta a história do 20º presidente americano, James A. Garfield (Michael Shannon), um ocupante quase acidental da Casa Branca, e de seu admirador e assassino, Charles Guiteau (Matthew Macfadyen). Janet Maslin, crítica do jornal The New York Times, diz que o livro que inspirou a minissérie, de Candice Millard, é o melhor que avaliou em 20 anos.

Maxton Hall: Um Mundo Entre Nós (2024- )

Maxton Hall. Estreia nesta sexta (7) no Prime Video. Segunda temporada, seis episódios.

Chega a segunda temporada deste romance adolescente alemão entre uma estudante bolsista, Ruby (Harriet Herbig-Matten), e o herdeiro de uma família poderosa, James (Damian Hardung).

Pluribus

Estreia nesta sexta (7) na AppleTV. Primeira temporada, nove episódios com estreia semanal.

Determinado a dar a Rhea Seehorn os Emmys que ela não ganhou por “Better Call Saul”, Vince Gilligan criou esta série, em que Seehorn interpreta Carol, a pessoa mais infeliz do mundo, a quem caberá a missão de “salvar o mundo da felicidade”. Não consegui assistir a nenhum episódio ainda, mas comentários de críticos que já viram indicam que a série é bem perturbadora, do tipo “tire as crianças da sala”. O trailer é intrigante:

Frankenstein

Estreia na Netflix nesta sexta (7), 149 min.

Surpreendendo ninguém, Guillermo del Toro, diretor mexicano afeito aos monstros, dirige “Frankenstein”. Oscar Isaac interpreta Victor Frankenstein, e Jacob Elordi, a criatura, nesta nova adaptação da obra de Mary Shelley com fortes chances de indicações ao Oscar, particularmente nas categorias técnicas, como fotografia e direção de arte.

Toque Familiar (2024)

Familiar Touch. Chega ao Reserva Imovision nesta sexta (7), 90 min.

Premiado pelo júri da Mostra de Cinema de São Paulo do ano passado como melhor filme de ficção, é o primeiro longa da diretora Sarah Friedland. Ruth (Kathleen Chalfant), uma octogenária, lida com as transformações do envelhecimento ao se mudar para um asilo para idosos.

Emmanuelle (2024)

Estreia no Telecine nesta (7), 107 min.

Dirigido por Audrey Diwan (“O Acontecimento”), é uma nova versão das histórias eróticas de Emmanuelle, popularizadas nos anos 1970, aqui interpretada por Noémie Merlant (“Retrato de uma Jovem em Chamas”). Emmanuelle chega a um hotel em Hong Kong para avaliar o estabelecimento e sua gerente, Margot (Naomi Watts). Lá, vive uma série de encontros e fantasias, inclusive com Kei (Will Sharpe), um cliente misterioso.

A Batalha de Solferino (2013)

La Bataille de Solférino. Chega à Filmicca nesta sexta (7), 94 min.

No limite entre documental e ficcional, traz Laetitia (Laetitia Dosch), uma jornalista, dividida entre a cobertura de uma eleição importante na França e o retorno do ex-marido, Vincent (Vincent Macaigne). Filmado no exato dia da eleição em questão, em 6 de maio de 2012, é o primeiro longa da diretora Justine Triet (“Anatomia de Uma Queda”).

Veja antes que seja tarde

Uma dica de filme ou série que sairá em breve das plataformas de streaming

Missão Madrinha de Casamento (2011)

Bridesmaids. Disponível na Netflix até 29.nov, 125 min.

Quando Lillian (Maya Rudolph) revela à melhor amiga, Annie (Kristen Wiig), que vai se casar, os preparativos e a competitividade de Annie com a outra madrinha, Helen (Rose Byrne), colocam a amizade das duas em risco. A rara comédia deslavada a ser indicada ao Oscar (melhor roteiro e melhor atriz coadjuvante, para Melissa McCarthy).



Fonte Original (clique aqui)

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