O Senado dos Estados Unidos iniciou uma série de votações para aprovar o pacote bipartidário que financia o governo federal e encerra a paralisação histórica iniciada em outubro. A sequência de votações, anunciada pelo líder da maioria, John Thune, deve culminar ainda nesta segunda-feira (10/11), na aprovação final do acordo, que conta com o apoio crucial de oito senadores centristas do grupo democrata.
O entendimento foi alcançado após um fim de semana de intensas negociações entre democratas e republicanos.
Linha do tempo da crise
- A paralisação começou em 1º de outubro, após o Congresso fracassar na aprovação do orçamento federal. No dia seguinte, a Casa Branca iniciou cortes de pessoal em diversas agências governamentais.
- Em 10 de outubro, Donald Trump afirmou pretender “demitir muitos” servidores públicos que, segundo ele, estariam alinhados ao Partido Democrata.
- Mesmo após uma decisão judicial suspender novas demissões, o governo manteve o plano de enxugamento e indicou que os desligamentos poderiam alcançar até 10 mil funcionários caso o impasse se prolongasse.
- O shutdown atual já superou as paralisações de 1995 e 2013 e ultrapassou também a de 2018-2019, tornando-se a mais longa da história dos Estados Unidos.
Assim que for aprovado pelo Senado, o projeto seguirá para a Câmara dos Representantes. O presidente da Câmara, Mike Johnson, já orientou os deputados a retornarem a Washington nas próximas horas para votar o texto e garantir o fim do shutdown.
Johnson afirmou que dará um aviso formal de 36h para que os membros da Câmara retornem a Washington e votem o texto assim que ele for aprovado pelo Senado.
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A paralisação do governo, que começou após o impasse sobre o orçamento federal, levou à suspensão de atividades em diversas agências e deixou milhares de servidores sem remuneração.
O presidente Donald Trump, que declarou apoio ao acordo, deverá sancionar o projeto de lei após sua aprovação pelo Congresso. A expectativa é que, com o avanço da votação no Senado, o texto chegue à Câmara ainda nesta semana.
Subsídios da Saúde seguem em risco
A proposta, entretanto, não assegura a continuidade dos créditos tributários da lei de saúde, que se tornaram o ponto central do impasse orçamentário.
O líder da maioria no Senado, John Thune, afirmou que uma votação sobre a extensão dos subsídios deve ocorrer até meados do próximo mês. “Estou otimista de que, após quase seis semanas dessa paralisação, finalmente conseguiremos pôr um fim a ela”, declarou.