O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse nesta segunda-feira (29/12) que o governo da Ucrânia lançou ataques com drones contra a casa do presidente Vladimir Putin. De acordo com o Kremlin, as “ações imprudentes não ficarão impunes”, com definição de alvos para ataques em retaliação. O líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou a acusação.
No total, 91 drones de longa distância teriam sido usados contra a residência do presidente, russo, localizada na região de Novgorod, no noroeste do país, entre a noite de domingo (28/12) e a madrugada desta segunda-feira. Conforme o comunicado, todas as aeronaves foram abatidas, e não há vítimas ou danos causados pela ofensiva.
O ataque se dá em meio às tratativas encabeçadas pelo governo dos Estados Unidos para chegar a um acordo de paz referente à guerra na Ucrânia.
O presidente norte-americano, Donald Trump, recebeu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em sua residência, na Flórida, no domingo. Segundo o republicano, a reunião foi “excelente”, e há possibilidade de chegar a um acordo nas próximas semanas.
Lavrov acrescentou que a ofensiva ucraniana não deverá impactar as tratativas de paz do lado russo com os Estados Unidos.
Ucrânia nega ataque
Nas redes sociais, Zelensky negou a acusação e alegou que se trata de uma “invenção para justificar novos ataques contra a Ucrânia”.
“Essa suposta história do ‘ataque à residência’ é uma completa invenção destinada a justificar ataques adicionais contra a Ucrânia, incluindo Kiev, bem como a própria recusa da Rússia em tomar as medidas necessárias para pôr fim à guerra. Típicas mentiras russas. Além disso, os russos já atacaram Kiev no passado, inclusive o prédio do Gabinete de Ministros. A Ucrânia não toma medidas que possam minar a diplomacia”, escreveu o líder ucraniano no X.
Ele também afirmou que o Kremlin faz “declarações perigosas” e age para minimizar os “esforços diplomáticos conjuntos com a equipe do presidente Donald Trump”.