O Hezbollah afirmou, nesta quinta-feira (6/11), ter o direito legítimo de resistir à “ocupação” israelense em seu território libanês, além de apoiar o exército do Líbano na “proteção da soberania” do país. A declaração ocorre em meio aos ataques de Israel contra o sul do Líbano.
O Exército israelense afirmou ter realizado um ataque aéreo na região de Tiro, no sul do Líbano, sob a justificativa de atingir membros da unidade de engenharia do Hezbollah.
Ambos os países haviam concordado com um cessar-fogo, que agora parece frágil diante dos novos ataques israelenses e das declarações do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que voltou a defender o desarmamento do grupo radical Hezbollah.
Em comunicado, o Hezbollah reafirmou que, embora o Líbano esteja sob um cessar-fogo, não é obrigado a participar de negociações políticas com Israel, segundo o jornal Al Jazeera.
“Afirmamos nosso direito legítimo de resistir à ocupação e à agressão e de apoiar nosso exército e nosso povo para proteger a soberania de nosso país”, divulgou o grupo.
O presidente do Líbano, Joseph Aoun, instruiu, na semana passada, que o exército confrontasse qualquer avanço israelense no sul do país, após Israel matar um funcionário público em um ataque.
Desarmamento
O governo do Líbano mantém a pressão para que o Hezbollah se desarme; no entanto, o grupo continua a rejeitar o pedido.
“A questão da exclusividade das armas não deve ser discutida em resposta a exigências estrangeiras ou chantagens israelenses; ela deve ser abordada nacionalmente por meio de consenso sobre uma estratégia abrangente de segurança, defesa e proteção da soberania nacional”, relatou o grupo.
O grupo acrescentou que exerce seu direito de se defender contra Israel.