Antes da operação que apreendeu um navio petroleiro na costa da Venezuela, fuzileiros navais dos Estados Unidos ensaiaram a técnica militar utilizada durante a ação — e divulgaram imagens que anteviram a operação.
Veja o momento da apreensão:
Crise no Caribe
- Com a justificativa de combater o tráfico de drogas na região, Trump ordenou, em meados de agosto, o início de uma mobilização militar dos EUA na América Latina e Caribe.
- A ofensiva inclui fuzileiros navais, navios de guerra, caças F-35, um submarino nuclear e o maior porta-aviões do mundo, o USS Gerald R. Ford.
- Desde então, 23 barcos foram bombardeados por forças norte-americanas em águas caribenhas, assim como no Oceano Pacífico. Segundo Washington, tais embarcações estavam transportando drogas para os EUA. Provas das acusações, contudo, não foram divulgadas.
- Um dos grupos que estão na mira dos EUA é o cartel de Los Soles, ao qual Washington acusa o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de ser o chefe.
- O Los Soles, assim como outros grupos, entrou na lista de organizações terroristas internacionais dos EUA. Medida que, na prática, abriu brechas para operações militares norte-americanas em outros países sob a bandeira do combate ao terrorismo.
- Por isso, Trump já sinalizou que o território da Venezuela pode ser alvo de ataques dos EUA.
No fim de novembro, marines norte-americanos posicionados no Caribe realizaram ao menos três treinamentos de infiltração rápida através de sustentação por corda rápida, semelhante ao rapel. A técnica costuma ser utilizada para inserir, ou extrair, equipes de locais onde o pouso de aeronaves não é acessível ou seguro.
O primeiro registro do exercício foi divulgado pela 22ª Unidade Expedicionária de Fuzileiros Navais em 28 de setembro.
Cerca de 26 dias antes da operação de assalto na costa venezuelana, em 15 de novembro, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (USMC) voltou a publicar imagens do mesmo treinamento. Nos registros é possível ver marines da 22ª Unidade Expedicionária ensaiando uma infiltração por rapel, a bordo do navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima, utilizado como doca de pouco de helicópteros.
Dias depois, em 19 de novembro, o Comando Sul dos EUA (SOUTHCOM) publicou um vídeo mostrando fuzileiros praticando os mesmo movimentos usados para se infiltrar, e tomar o controle, do navio petroleiro apreendido nesta semana.
Além de infiltração por meio de rapel, fuzileiros navais dos EUA têm realizado uma série de outros exercícios enquanto estão destacados no Caribe, para a operação militar Lança do Sul. Entre eles, simulações de guerra na selva, desembarque de tropas, atividades com tiros reais, voos e ataques com caças e reabastecimentos aéreo.
Navio apreendido
Na última quarta-feira (10/12), o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a apreensão de um navio petroleiro que transitava pela região costeira da Venezuela.
De acordo com Washington, a embarcação pertence a uma empresa sancionada pelos EUA por envolvimento com uma suposta “rede ilícita de transporte de petróleo que apoia organizações terroristas estrangeiras”.
Maiores detalhes sobre o caso, como o nome e bandeira do navio, ou a localização da operação, ainda não foram divulgados.


