Os Estados Unidos vão ajudar a Coreia do Sul a aumentar a capacidade nuclear do país, por meio da construção de submarinos nucleares e do apoio ao enriquecimento de urânio. A informação foi divulgada nessa quinta-feira (13/11) pela Casa Branca.
Segundo o governo norte-americano, a decisão foi confirmada após o encontro entre os presidentes Donald Trump e Lee Jae-myung, no fim de outubro.
“Os Estados Unidos aprovaram a construção de submarinos de ataque movidos a energia nuclear pela Coreia do Sul. Os Estados Unidos trabalharão em estreita colaboração com a Coreia do Sul para definir os requisitos deste projeto de construção naval, incluindo as fontes de combustível”, diz trecho do comunicado divulgado por Washington.
Além dos submarinos movidos a energia nuclear, a administração Trump também prometeu apoiar o enriquecimento civil de urânio na Coreia do Sul — mesmo elemento químico utilizado em armas nucleares.
A cooperação no setor nuclear é apenas um dos pontos do acordo firmado entre EUA e Coreia do Sul, incluindo redução de tarifas e investimentos.
Na área militar, Seul se comprometeu a investir US$ 25 bilhões na compra de equipamentos militares norte-americanos até 2030. Além disso, o governo de Lee Jae-myung se dispôs a aportar US$ 33 bilhões para forças dos EUA que estão na Coreia do Sul.
De olho na Coreia do Norte
Mesmo que citem o uso pacífico da energia nuclear, o avanço nas discussões sinalizam um fortalecimento na relação entre Coreia do Sul e EUA, o principal aliado do país asiático.
A aliança entre Washington e Seul visa, principalmente, conter o que o Ocidente classifica como “ameaças” da Coreia do Norte. Isso, porque o país liderado por Kim Jong-un é uma das nove nações que possuem armas nucleares em seus arsenais.
A Casa Branca informou que o presidente Lee Jae Myung também se comprometeu a “acelerar os esforços” para fortalecer as capacidades militares da Coreia do Sul. O objetivo é “liderar a defesa convencional conjunta contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) [Coreia do Norte]”, diz o comunicado.