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Enquanto ameaçam a Venezuela, EUA reforçam parceria com Japão e Taiwan

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Enquanto mantêm postura rígida em relação à Venezuela, os Estados Unidos ampliaram a cooperação militar com aliados asiáticos, aprovando a venda de armas para Taiwan e de navios militares para o Japão na última semana.

Em agosto, os Estados Unidos iniciaram uma mobilização militar na América Latina e no Caribe, com o objetivo de combater o tráfico de drogas que passa pela região rumo ao território norte-americano.

Ao todo, 26 embarcações já foram bombardeadas na região, por estarem supostamente envolvidas no tráfico internacional de drogas. Provas concretas das ligações ainda não se tornaram públicas.

Um cerco naval está resultando também na interceptação de navios petroleiros sancionados pelos EUA que chegam e saem da Venezuela.

Ações militares

  • Em agosto, os EUA iniciaram uma operação militar na América Latina e Caribe.
  • O objetivo declarado é combater o tráfico de drogas que passa na região rumo ao território norte-americano.
  • As operações tiveram início em 2 de setembro, quando o primeiro barco foi atacado por forças dos EUA no Caribe. Desde então, cerca de 26 outras embarcações também já foram bombardeadas na região, por estarem supostamente envolvidas no tráfico internacional de drogas. Provas concretas das ligações ainda não se tornaram públicas.
  • Os EUA aprovaram, durante a última semana, pacotes de vendas militares ao Taiwan e o Japão.
  • A venda ocorre em meio à escalada de tensões entre China e Japão. De um lado, a China pede que o Japão reitire suas declaraçõs sobre Taiwan.
  • A primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, se tornou o centro das atenções no último mês ao declarar que Tóquio reagirá militarmente caso a China avance sobre Taiwan, ocasionando uma longa discussão diplomática entre ambos os países.

No âmbito militar, o governo norte-americano aprovou, na última quarta-feira (17/12), um pacote de venda de armas avaliado em mais de US$ 11,1 bilhões, que reforça a capacidade de defesa de Taiwan. A venda ocorre em meio à escalada de tensões entre China e Japão, com discussões diplomáticas em curso.

Em meio às escaladas entre Venezuela e Estados Unidos, a Casa Branca divulgou um documento que aponta que o principal foco militar do governo do presidente Donald Trump é a retomada da Doutrina Monroe, desta vez aplicada à região latino-americana, onde Trump mantém embates com a Colômbia e a Venezuela.

Também no documento, a Casa Branca destacou como prioridade a dissuasão de confrontos militares, particularmente em Taiwan, uma nação insular com independência administrativa em relação aos chineses, porém, a venda militar para Taiwan e o Japão contradiz com o documento.

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Taiwan, principal estopim da escalada de tensões entre o Japão e a China, tornou-se prioridade no mês passado, após a primeira-ministra japonesa, Sanae Takaichi, declarar que Tóquio reagirá militarmente caso a China avance sobre a ilha.

A venda norte-americana ocorre um dia após aprovarem uma possível Venda Militar Estrangeira ao Japão para o fornecimento de navios militares, com custo estimado em US$ 100,2 milhões, que, segundo o governo norte-americano, “aprimorará a capacidade do Japão de enfrentar ameaças atuais e futuras”.

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Fechar modal.MetrópolesHelicóptero sobrevoando o mar do Caribe 1 de 3

Helicóptero sobrevoando o mar do Caribe

Reprodução/ Redes sociaisAtaque a barco2 de 3

Ataque a barco

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Estopim da tensão entre Japão e China, Taiwan anuncia aumento na defesa militar

Divulgação/Ministério da Defesa de Taiwan

Para o Japão, os Estados Unidos aprovaram a ” Venda Militar Estrangeira ao Governo do Japão para suporte a destróieres da classe Aegis e equipamentos relacionados”.

Segundo eles, “esta venda proposta apoiará os objetivos de política externa e de segurança nacional dos Estados Unidos, melhorando a segurança de um importante aliado que representa uma força para a estabilidade política e o progresso econômico na região Indo-Pacífica”.

Reação da China

Ministério das Relações Exteriores da China informou que o país “se opõe firmemente ao plano dos EUA de vender armamentos avançados em larga escala para a região de Taiwan”.

“Essa ação viola flagrantemente o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, infringe a soberania, a segurança e a integridade territorial da China, mina a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan e envia um sinal extremamente equivocado às forças separatistas pró-independência de Taiwan”, afirmou o porta-voz Lin Jian.

Ele acrescentou que a China se opõe “firmemente e condena veementemente essa ação”.



Fonte Metrópoles

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