O rapper Sean “Diddy” Combs foi transferido para a instituição correcional federal em Fort Dix, Nova Jersey, confirmou um porta-voz do Departamento de Prisões na quinta-feira.
Diddy, de 55 anos, foi condenado no início deste mês a 50 meses —quatro anos e dois meses— de prisão por duas acusações de transporte para envolvimento em prostituição. Em julho, um júri em Nova York o absolveu de duas acusações mais graves, tráfico sexual e conspiração para extorsão.
Considerando o tempo que ele já cumpriu em detenção desde sua prisão em setembro do ano passado, no Centro de Detenção Metropolitano em Nova York, conhecido como MDC, Combs deve estar elegível para libertação em 2028.
Os promotores acusaram Diddy de coagir duas ex-namoradas a participar de sessões sexuais regadas a drogas com prostitutos masculinos contratados; o julgamento de oito semanas incluiu depoimentos exaustivos dessas mulheres, Casandra Ventura e outra que testemunhou sob o pseudônimo Jane.
Após sua sentença em 3 de outubro, os advogados de Combs pediram ao juiz responsável pelo caso, Arun Subramanian, que recomendasse ao Departamento de Prisões que Combs fosse enviado para Fort Dix, “a fim de tratar questões de abuso de drogas e maximizar as visitas familiares e esforços de reabilitação”.
Em sua ordem de julgamento, o juiz não especificou Fort Dix, mas pediu ao departamento prisional que transferisse Combs “o mais próximo possível da área metropolitana de Nova York” e recomendou que ele fosse considerado para “qualquer programa de abuso de substâncias disponível, incluindo o Programa Residencial de Abuso de Drogas do Departamento de Prisões”.
Em documentos legais apresentados antes de sua sentença, a equipe jurídica de Combs disse que ele havia usado seu tempo no MDC para ficar sóbrio “pela primeira vez em 25 anos” e que havia liderado um programa educacional informal de seis semanas para outros detentos conhecido como “Free Game With Diddy”, projetado para “equipar os participantes com habilidades essenciais em gestão de negócios, empreendedorismo e desenvolvimento pessoal”.
Em sua sentença, Combs implorou a Subramanian por clemência e se retratou como um homem transformado. O juiz reconheceu como o sucesso de Combs na música e sua filantropia têm sido uma inspiração para muitos.
Mas o juiz disse que o registro do julgamento mostrou que as mulheres haviam sido coagidas, e acrescentou: “Um histórico de boas obras não pode apagar o registro neste caso, que mostrou que você abusou do poder e controle que tinha sobre a vida de mulheres que professava amar profundamente. Você as abusou física, emocional e psicologicamente”.
