O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, fez uma comparação depreciativa entre Brasil e Alemanha durante discurso no Congresso Alemão do Comércio, na última semana. Ao exaltar o ambiente econômico alemão, Merz afirmou que todos os jornalistas que o acompanharam em Belém, durante a Cúpula de Líderes da COP30, teriam ficado “contentes” por retornar à Alemanha após o fim do evento. Veja o momento:
Merz enaltece Alemanha após viagem a Belém: “Todos ficaram felizes por termos voltado, principalmente por sair daquele lugar.” pic.twitter.com/dpRmtgT2Du
— DW Brasil (@dw_brasil) November 17, 2025
“Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: ‘Quem gostaria de ficar aqui?’ Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, especialmente daquele lugar onde estávamos”, disse Merz.
O chanceler defendeu que os alemães vivem “em um dos lugares mais bonitos e livres do mundo” e pediu que o setor varejista valorize e proteja a democracia e a ordem econômica da Alemanha.
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Pós-participação na COP30
A fala ocorreu poucos dias após Merz participar, em Belém, das tratativas da Cúpula de Líderes que antecedem a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Na ocasião, ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e declarou que a Alemanha pretende contribuir com um “valor significativo” para o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), principal aposta brasileira para estimular financeiramente a preservação ambiental. No entanto, o chanceler não anunciou um valor concreto, frustrando expectativas do governo brasileiro.
Segundo fontes ouvidas pelo DW, parceiro do Metrópoles, a Alemanha deve oficializar sua contribuição nos próximos dias. O TFFF busca reunir US$ 10 bilhões e já conta com compromissos de países como Noruega, França, Indonésia, Holanda e Portugal.
Durante o discurso na Alemanha, Merz ainda retomou argumentos usados em Belém, afirmando que a política climática precisa caminhar junto com o desenvolvimento econômico.
“A Alemanha mantém seus compromissos climáticos, mas agora não faz mais política climática contra a economia – faz política climática junto com a economia”, disse.