O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desembarcou em Paris nesta segunda-feira (1º/12), para uma nova rodada de negociações com o francês Emmanuel Macron e outros líderes europeus. Ao lado de Zelensky, Macron reforçou que a Europa pretende manter o apoio militar e diplomático à Ucrânia e afirmou que “nas próximas semanas, a pressão sobre a economia russa mudará drasticamente”, em referência às novas sanções impostas por UE e EUA.
A reunião em Paris também contou com uma ligação telefônica conjunta envolvendo o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; Steve Witkoff; Umerov; e líderes de Alemanha, Polônia, Itália, Finlândia, Holanda, Dinamarca e Noruega, além de representantes da UE, Otan e do Reino Unido. O objetivo foi alinhar reações ao andamento das conversas entre Kiev e Washington.
“Nossos representantes retornarão à Europa nos próximos dias e, após conversarmos com eles e recebermos um relatório completo sobre o andamento das negociações, decidiremos sobre nossas próximas atividades”, declarou Zelensky.
Macron anunciou ainda que a chamada “Coalizão dos Dispostos” concluiu os trabalhos internos sobre garantias de segurança.
Le travail pour la paix se poursuit.
The work for peace continues.
🇺🇦🇫🇷 pic.twitter.com/31OgcnrO2s— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) December 1, 2025
Crise interna em Kiev
Apoio militar francês
Esta é a décima visita de Zelensky a Paris desde o início do conflito no leste europeu, e a segunda em menos de três semanas. Em 17 de novembro, Ucrânia e França assinaram um acordo que abre caminho para a compra de até 100 caças Dassault Rafale, reforçando a capacidade aérea ucraniana. Paris também já forneceu artilharia, mísseis de longo alcance e apoio estratégico.
A agenda do ucraniano na França ocorre enquanto Kiev tenta melhorar as condições da proposta norte-americana, defendida pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A primeira versão do plano previa concessões territoriais à Rússia, o abandono do objetivo de entrada na Otan e limitações ao tamanho das Forças Armadas ucranianas.
As negociações em Genebra, no fim de novembro, e as reuniões na Flórida nesse domingo (30/11) produziram ajustes para tornar o documento mais aceitável. Segundo Zelensky, o plano “já parece melhor”, embora a questão territorial siga sendo “o ponto mais difícil”.




