Donald Trump se mostrou “chocado e indignado” com o ataque contra a residência oficial Vladimir Putin, durante conversa telefônica entre os dois líderes nesta segunda-feira (29/12). A informação foi divulgada pelo assessor da presidência da Rússia, Yuri Ushakov.
Segundo Ushakov, o líder norte-americano ainda teria dado “graças a Deus” de não ter cedido mísseis Tomahawk para Kiev — um pedido antigo de Volodymyr Zelensky — já que os mesmos possuem capacidade de atingir até 2,5 mil km, o que seria suficiente para ataques contra posições no território russo a partir da Ucrânia.
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Até o momento, o governo norte-americano ainda não seu maiores detalhes sobre o telefonema entre Trump e Putin, um dia após o presidente republicano receber Zelensky nos EUA. A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, se limitou a chamar o contato de “positivo” em um comunicado divulgado na rede social X.
Mais cedo, o Kremlin acusou a Ucrânia de lançar ataques com veículos não-tripulados contra a casa de Putin, localizada na região de Novgorod, no noroeste do país. De acordo com o chanceler russo, Sergey Lavrov, 91 drones teriam sido utilizados na operação. Todas, contudo, teriam sido abatidas.
Zelensky, por sua vez, nega as acusações. Em um comunicado, o presidente da Ucrânia afirmou que o governo da Rússia está “usando declarações perigosas para minar todas as conquistas de nossos esforços diplomáticas” nas negociações de paz.
“Essa suposta história de ‘ataque residencial’ é uma completa invenção destinada a justificar novos ataques contra a Ucrânia, incluindo Kiev, bem como a recusa da Rússia em tomar as medidas necessárias para pôr fim à guerra”, disse o presidente da Ucrânia. “Típicas mentiras russas. Além disso, os russos já atacaram Kiev no passado, inclusive o prédio do Gabinete de Ministros”.
Na mensagem, o mandatário ucraniano fez referência ao recente ataque russo contra a capital do país, Kiev, nas vésperas da reunião entre Zelensky e Trump nos EUA.
