Às vésperas do Natal, o papa Leão XIV voltou a fazer um apelo por um cessar-fogo temporário nos principais conflitos do mundo e lamentou a recusa da Rússia por uma trégua natalina na guerra contra a Ucrânia. O pedido foi feito na noite desta terça-feira (23/12), do lado de fora da Villa Barberini, em Castel Gandolfo, onde o pontífice passou o dia de descanso e trabalho.
O pontífice reforçou o apelo para haver ao menos 24 horas de paz em todo o mundo. “Quem sabe nos escutem e haja um dia de paz”, disse.
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papa Leão e Zelensky
Vatican Media
Papa Leão XIV em sua primeira viagem internacional como pontífice
Elisabetta Trevisan – Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images
Papa Leão XIV em sua primeira viagem internacional como pontífice
Simone Risoluti – Vatican Media via Vatican Pool/Getty Images
Ucrânia e Oriente Médio no centro do apelo
Ao comentar a guerra na Ucrânia, Leão XIV citou os ataques russos registrados nas últimas horas e destacou o contraste entre a escalada da violência e o significado do Natal.
O apelo ocorreu após a Rússia realizar um dos maiores ataques aéreos do mês contra o território ucraniano. Segundo Volodymyr Zelensky, mais de 650 drones e ao menos 30 mísseis atingiram cerca de 13 regiões do país, deixando ao menos três mortos e 17 feridos.
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Leão XIV também voltou os olhos para o Oriente Médio, onde se discutem os próximos passos do cessar-fogo em Gaza. O pontífice recordou a recente visita do cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, ao território palestino, classificando o gesto como “belíssimo”.
O papa relatou ainda ter conversado com o pároco da Igreja da Sagrada Família, em Gaza, padre Gabriel Romanelli. “Eles estão tentando celebrar uma festa em meio a uma situação ainda muito precária”, disse. O pontífice manifestou o desejo de que o acordo de cessar-fogo “siga adiante”.
Segundo o papa, o Natal deve ser um momento de reflexão sobre o valor da vida humana. “Deus se fez humano como nós para nos mostrar o que significa verdadeiramente viver a vida humana”, afirmou. O pontífice disse esperar que “o respeito pela vida volte a crescer em todos os momentos da existência humana, da concepção até a morte natural”.