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Rússia diz que só negocia a guerra da Ucrânia com os EUA

Mundo


O Kremlin afirmou nesta quarta-feira (3/12) que as negociações sobre um possível acordo de paz para a Ucrânia estão acontecendo exclusivamente entre Rússia e Estados Unidos. Segundo o assessor presidencial Yuri Ushakov, “a comunicação está ocorrendo somente entre Washington e Moscou”, apesar de Vladimir Putin seguir disposto a dialogar com líderes europeus.

“Putin disse repetidamente: se algum líder europeu quiser conversar, por favor, seja bem-vindo, visite Moscou”, declarou Ushakov, culpando a Europa por evitar contatos diretos com o governo russo.

Segundo o porta-voz, a reunião realizada nessa terça-feira (2/12), em Moscou, entre Putin e os enviados norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner teve um único foco: a resolução do conflito ucraniano.

As conversas, que duraram quase cinco horas, foram classificadas como “francas”, com Moscou apresentando críticas e sugestões aos documentos levados pelos americanos.

“Apenas um tema foi discutido, e este foi a resolução da crise na Ucrânia”, disse Ushakov. Ele afirmou que a delegação russa expressou “abertamente” suas opiniões sobre o plano de paz e os quatro documentos adicionais entregues pelos EUA.

O assessor descreveu o encontro como “útil e construtivo” e afirmou que “os contatos continuarão”.

5 imagensEnviado especial dos EUA, Steve WitkoffO presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, se cumprimentam durante reunião no Kremlin, em Moscou, em 6 de agosto de 2025Reunião entre o presidente Vladimir Putin e a delegação norte-americana, composta pelo enviado especial Steve WitkoffYuri UshakovFechar modal.MetrópolesVladimir Putin faz visita ao posto de comando da Força Conjunta1 de 5

Vladimir Putin faz visita ao posto de comando da Força Conjunta

KremlinEnviado especial dos EUA, Steve Witkoff2 de 5

Enviado especial dos EUA, Steve Witkoff

Andrew Harnik/Getty ImagesO presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, se cumprimentam durante reunião no Kremlin, em Moscou, em 6 de agosto de 20253 de 5

O presidente russo, Vladimir Putin, e o enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, Steve Witkoff, se cumprimentam durante reunião no Kremlin, em Moscou, em 6 de agosto de 2025

Kremlin Press Office / Handout/Anadolu via Getty ImagesReunião entre o presidente Vladimir Putin e a delegação norte-americana, composta pelo enviado especial Steve Witkoff4 de 5

Reunião entre o presidente Vladimir Putin e a delegação norte-americana, composta pelo enviado especial Steve Witkoff

KremlinYuri Ushakov5 de 5

Yuri Ushakov

Contributor/Getty Images

Avanço no front em paralelo a negociações

  • Enquanto as negociações avançam discretamente, o campo de batalha continua ativo.
  • Moscou anunciou ter assumido o controle das cidades estratégicas de Pokrovsk e Vovchansk, no leste da Ucrânia.
  • Kiev contesta a versão e acusa a Rússia de exagerar ganhos militares em meio ao desgaste das linhas de defesa e dificuldades de mobilização.
  • O representante especial do Kremlin, Kirill Dmitriev, celebrou o encontro com uma postagem acompanhada de um emoji de pomba branca, reforçando o simbolismo de um possível avanço diplomático.
  • Apesar do tom positivo, o assessor russo enfatizou que “nenhum acordo foi alcançado ainda” e que não há previsão de encontro entre Putin e o presidente norte-americano, Donald Trump.
  • A possibilidade dependerá do avanço das tratativas técnicas em curso entre as equipes diplomáticas.

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Um dos pontos centrais discutidos foi a possível renúncia da Ucrânia à entrada na Otan — tema considerado sensível por Moscou. O reconhecimento internacional do controle russo sobre áreas ocupadas também fez parte da pauta, mas Ushakov evitou detalhes, ressaltando que ambas as partes concordaram em negociar “a portas fechadas”.

“Não posso falar sobre os detalhes porque concordamos que nem nós, nem os americanos comentaremos especificamente sobre o que discutimos ou como”, disse.

O Kremlin também indicou que os EUA demonstraram disposição para trabalhar em uma solução de longo prazo. “O ambiente é construtivo e os americanos estão preparados para fazer todos os esforços para alcançar uma solução que esteja alinhada com nossos objetivos”, afirmou Ushakov.



Fonte Metrópoles

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