O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira (2/12) que o país está “aguardando sinais” da delegação dos Estados Unidos sobre o resultado da reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou.
“Receberemos sinais de um tipo ou de outro. Se os sinais se concretizarem de uma certa maneira — se houver jogo limpo com nossos parceiros — então poderemos nos encontrar com a delegação americana muito em breve”, escreveu Zelensky nas redes sociais.
Ukraine will be waiting for signals from the American delegation after its meetings in Russia. The U.S. delegation intends to brief us directly immediately after those meetings. The next steps will depend on those signals.
We will receive signals of one kind or another. If the…
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 2, 2025
O líder ucraniano destacou que, caso as mensagens dos norte-americanos indiquem oportunidade para “decisões globais, porém rápidas”, uma delegação de alto nível será enviada.
Zelensky ainda afirmou estar “pronto para uma reunião com o presidente (Donald) Trump”, ressaltando que “tudo depende das discussões de hoje”.
Reunião de Putin e Witkoff
A reunião em Moscou conta com o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o conselheiro informal Jared Kushner, e já dura mais de quatro horas, segundo a agência estatal russa RIA Novosti. O presidente russo Vladimir Putin está acompanhado por assessores próximos, incluindo Yuri Ushakov e Kirill Dmitriev.
O Kremlin informou que não há limite de tempo para as negociações.
Após semanas de negociações tensas entre Washington, Kiev e Moscou, o encontro pretende avançar na elaboração de um plano de paz concreto para a guerra na Ucrânia.
O projeto original de 28 pontos, criticado por favorecer o Kremlin, foi reduzido para cerca de 20 propostas consideradas “significativamente melhores para a Ucrânia”, segundo negociadores.
Apesar dos ajustes, ainda não está claro se o russo aceitará as mudanças e se Kiev concordará com concessões territoriais e limitações militares propostas pelos americanos.
As discussões na Flórida no domingo (30/11), envolvendo Witkoff, Kushner, Marco Rubio e a equipe ucraniana liderada por Rustem Umerov, foram descritas como “difíceis, produtivas e complicadas”, com temas que incluíram garantias de segurança, eleições, cronogramas militares e arranjos territoriais.
Paralelamente às negociações diplomáticas, Moscou relatou avanços militares no leste da Ucrânia, afirmando ter assumido o controle de cidades estratégicas como Pokrovsk e Vovchansk. A Ucrânia contesta as alegações, citando exageros russos e dificuldades próprias com desgaste nas linhas de defesa e mobilização.





