O governo da Venezuela revogou, nesta quinta-feira (27/11), a licença de seis companhias aéreas que suspenderam voos no país após alerta emitido pelos Estados Unidos. Entre as empresas atingidas está a brasileira Gol.
A medida atinge as seguintes companhias:
- Gol (Brasil)
- Latam Colombia (Colômbia)
- Ibéria (Espanha)
- TAP (Portugal)
- Avianca (Colômbia)
- Turkish Airlines (Turquia)
A revogação atinge apenas a Latam da Colômbia, não tendo efeito na companhia brasileira.
O Metrópoles entrou em contato com a GOL e questionou o impacto da medida sobre voos brasileiros, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
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O novo capítulo da tensão entre Venezuela e Estados Unidos começou na última sexta-feira (21/11), quando a A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) recomendou que empresas aéreas e operadores norte-americanos redobrem a cautela ao voar sobre a Região de Informações de Voo de Maiquetía (SVZM), que cobre grande parte do espaço aéreo da Venezuela.
O aviso cita o “aperfeiçoamento da situação de segurança” no país e o aumento da atividade militar na região.
De acordo com o alerta, as ameaças podem atingir aeronaves em todas as altitudes, tanto em sobrevoos quanto nas fases de chegada e partida, além de operações próximas ao solo.
O comunicado também reforça que aeroportos e aeronaves em solo venezuelano podem estar expostos. Voos planejados devem ser comunicados à agência federal com pelo menos 72 horas de antecedência.
O alerta vale de 21 de novembro de 2025 até 19 de fevereiro de 2026.
Após o aviso dos EUA, o tráfego aéreo sobre a Venezuela foi consideravelmente reduzido. O presidente do país, Nicolás Maduro, criticou as companhias aéreas que cancelaram voos e deu prazo de 48 horas para que a situação fosse normalizada, sob risco de terem a licença cancelada.
Passado o prazo, o governo venezuelano cumpriu a promessa. Em nota, a Venezuela acusou as empresas de “terem aderido às ações de terrorismo de Estado promovidas pelo governo dos EUA”.