O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira (18/11), por unanimidade, o projeto de lei que determina a divulgação dos arquivos relacionados ao caso Jeffrey Epstein. A proposta, aprovada mais cedo pela Câmara, foi submetida ao plenário a pedido do líder da minoria democrata, Chuck Schumer, que defendeu a medida como resposta à demanda pública por transparência.
“Trata-se de dar ao povo americano a transparência que ele tanto clama”, afirmou Schumer. “As vítimas de Jeffrey Epstein já esperaram tempo suficiente. Que a verdade venha à tona.”
Nenhum senador apresentou objeções, o que permitiu que o texto avançasse sem debate, em um procedimento acelerado raramente utilizado no Capitólio.
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Projeto na mesa de Trump
Assim que a Câmara formalizar o envio do projeto ao Senado, ele será encaminhado diretamente para a mesa do presidente Donald Trump. O processo de transmissão pode levar algumas horas, e o presidente da Câmara, Mike Johnson, ainda poderia retardar o envio até o início de dezembro.
Mesmo assim, o Senado não precisará realizar nova votação.
A aprovação representa uma reviravolta no ambiente político diante das últimas semanas, onde o republicano e aliados haviam trabalhado para barrar o avanço da proposta. No entanto, diante da crescente pressão interna, o presidente mudou de posição e sinalizou que assinará o projeto.
Em publicação no Truth Social, disse que não se importa com o momento exato da votação no Senado, desde que seus aliados mantenham foco “nas vitórias do governo”.
Em comunicado, a porta-voz Abigail Jackson afirmou que o governo tem “feito mais pelas vítimas do que os democratas jamais fizeram”, citando a divulgação de documentos anteriores e a cooperação com investigações legislativas. Ela instou ainda a imprensa a examinar os vínculos de democratas proeminentes com Epstein.
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Jeffrey Epstein morreu em 2019
Getty Images

Jeffrey Epstein, acusado e preso por abusar de meninas de 14 anos e por operar uma rede de exploração sexual
Foto: Rick Friedman/Corbis via Getty Images
Mais cedo, Trump negou qualquer relação com Epstein e afirmou tê-lo expulsado de um de seus clubes “há muitos anos”, citando sua avaliação de que o financista era “um pervertido doente”.