A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) divulgou imagens de um exercício militar realizado no mar da Noruega no sábado (15/11), em que um de seus submarinos disparou um torpedo que afundou um navio dinamarquês desativado. O vídeo, publicado nas redes sociais do comando aliado em Norfolk, foi parte do treinamento Aegir 25, cujo objetivo é “verificar e demonstrar o poder de ataque que a arma e o submarino representam”.
Confira o vídeo:
O exercício ocorre pouco mais de um mês após novas tensões entre a Otan e a Rússia, desencadeadas por alegações de que drones russos teriam invadido o espaço aéreo europeu.
Autoridades de países como Polônia, Estônia e Dinamarca denunciaram violações, e incidentes levaram à temporária suspensão de voos civis em algumas regiões.
Otan x Rússia
No início de outubro, o presidente russo Vladimir Putin usou o seu tom mais debochado para comentar os ocorridos. Ao se referir à Organização, Putin acusou os países-membros de alimentarem uma “histeria” em torno de uma suposta ameaça iminente de Moscou contra a Europa. E, ainda “brincou”.
“Não vou mais mandar drones para a Dinamarca, prometo […] Quero apenas dizer: acalmem-se, durmam tranquilos e cuidem dos seus próprios problemas. Basta ver o que acontece nas ruas das cidades europeias”.
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A divulgação do exercício da Otan ocorre em um momento de tensão crescente entre o bloco militar ocidental e a Rússia. O chanceler russo Sergey Lavrov, em conferência em Minsk no final de outubro, criticou a expansão da Otan e acusou o Ocidente de não negociar em pé de igualdade com os países da Eurásia.
Lavrov afirmou que a Aliança busca expandir sua área de responsabilidade para além da região Euro-Atlântica, incluindo a região Indo-Pacífica, e que essa postura visa conter China, Rússia e Coreia do Norte. Ele também alertou para o risco de uma “grande guerra europeia” e defendeu a criação de uma arquitetura de segurança eurasiana, onde todos os países discutam suas posições de forma equitativa.
“A Rússia se opõe à transformação da Eurásia em um domínio da Otan e continuará a defender os princípios da segurança coletiva”, disse o chanceler.