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Chile mobiliza 26 mil militares para garantir segurança das eleições

Mundo


As Forças Armadas do Chile assumiram, neste sábado (15/11), o controle de todas as 3.379 seções eleitorais do país, em preparação para as eleições presidenciais e parlamentares que ocorrerão neste domingo (16/11). Segundo o Ministério da Defesa, mais de 26 mil militares foram mobilizados para garantir que o pleito transcorra de forma “segura e ordenada”.

A ministra da Defesa, Adriana Delpiano, afirmou que os militares já estão distribuídos de norte a sul — de Visviri, na fronteira com o Peru, até Villa Las Estrellas, na Antártida. A operação inclui ainda o apoio de 4.435 voluntários da Defesa Civil e da Cruz Vermelha, responsáveis por suporte logístico e assistência aos eleitores.

“As autoridades permanecem nas instalações para garantir eleições presidenciais e parlamentares seguras e ordenadas em 2025”, informou o governo.

Voto obrigatório e regras para o dia da votação

O voto é obrigatório para cidadãos chilenos residentes no país. Quem não comparecer poderá receber uma multa entre 0,5 e 1,5 UTM, valor que hoje varia entre US$ 34.771 e US$ 104.313, dependendo da classificação da infração.

As seções eleitorais funcionarão das 8h às 18h, no horário local, mas poderão estender o horário caso ainda haja eleitores na fila — dentro ou fora das instalações. A operação militar permanecerá ativa até o fechamento das urnas e o transporte do material eleitoral.


Chile dividido

  • A favorita para suceder Gabriel Boric na presidência é Jeannette Jara, comunista que emerge em meio à década mais turbulenta do país desde a redemocratização, diante dos protestos de 2019 que deixaram 32 mortos e mais 3 mil feridos.
  • As tentativas de redigir uma nova Constituição fracassaram duas vezes, a direita radical cresceu apoiada no discurso de ordem e com a criminalidade dominando o debate público.
  • Nesse cenário, a disputa se cristalizou entre a comunista moderada e os candidatos da direita.
  • José Antonio Kast, do Partido Republicano, amigo de Jair Bolsonaro e defensor de políticas duras contra crime e migração;
    Johannes Kaiser, ultraliberal, youtuber e provocador e Evelyn Matthei, alternativa de centro-direita mais moderada.

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Jeannette Jara, favorita nas eleições chilenas

Claudio Santana/Getty Images

2 de 4Lucas Aguayo Araos/Getty Images
3 de 4Cristobal Basaure Araya/Getty Images
4 de 4Sebastián Vivallo Oñate/Getty Images

 

Como será a votação

As eleições terão formatos diferentes a depender da região. Três votações nas regiões que escolherão presidente, deputados e senadores (Arica e Parinacota, Tarapacá, Atacama, Valparaíso, Maule, La Araucanía e Aisén). Já duas votações nas regiões onde serão eleitos apenas presidente e deputados.

No exterior, os eleitores votarão exclusivamente para presidente da República. O governo chileno espera alta participação neste domingo, reforçada pelas medidas de segurança ampliadas e pela obrigatoriedade do voto.



Fonte Metrópoles

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