A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, confirmou nesta sexta-feira (14/11) que abrirá uma investigação federal sobre as ligações do bilionário Jeffrey Epstein com figuras do Partido Democrata e grandes instituições financeiras, após determinação do presidente Donald Trump. Por determinação, o caso ficará a cargo de Jay Clayton, chefe da Procuradoria do Distrito Sul de Nova York.
“Obrigada, Sr. Presidente”, escreveu Bondi em uma postagem no X, acompanhada de um “print” da ordem de Trump. “Jay Clayton é um dos promotores mais competentes e confiáveis do país, e eu o incumbi de liderar o caso. Como em todos os assuntos, o Departamento conduzirá este processo com urgência e integridade para dar respostas ao povo americano.”
Thank you, Mr. President. SDNY U.S. Attorney Jay Clayton is one of the most capable and trusted prosecutors in the country, and I’ve asked him to take the lead. As with all matters, the Department will pursue this with urgency and integrity to deliver answers to the American… pic.twitter.com/5zlybVu44U
— Attorney General Pamela Bondi (@AGPamBondi) November 14, 2025
A decisão de Bondi reflete o movimento mais contundente da Casa Branca, até então, para reagir à pressão crescente de democratas e parte dos republicanos pela divulgação completa dos arquivos do Departamento de Justiça (DOJ) relativos a Epstein.
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Jeffrey Epstein morreu em 2019
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Pressão no Congresso e investida de Trump
Congressistas democratas e republicanos apresentaram petição para levar o tema à votação na Câmara. Trump tentou barrar o avanço da iniciativa, inclusive convocando uma reunião na Sala de Situação com um congressista republicano que havia assinado a petição antes de ela atingir o número decisivo de 218 apoios. Sem sucesso, o presidente da Casa, Mike Johnson, anunciou que levará a proposta ao plenário na próxima semana.
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Frustrado, Trump publicou diversas mensagens no Truth Social criticando congressistas republicanos favoráveis à liberação dos arquivos, chamando-os de “fracos e tolos” e classificando o movimento como “mais uma farsa”.
Em outra publicação, o presidente norte-americano disse que democratas estão “revivendo a farsa Epstein” para desviar a atenção do impasse político em Washington e afirmou que figuras do partido “passaram grande parte de suas vidas com Epstein e em sua ilha”.
Acusações
Entre os citados, o JPMorgan Chase respondeu por meio da porta-voz Patricia Wexler. Ela afirmou que o banco encerrou suas relações com Epstein “anos antes de sua prisão por acusações de tráfico sexual”.
Em 2023, o JPMorgan desembolsou US$ 290 milhões para encerrar uma ação coletiva movida por sobreviventes que alegavam que a instituição ignorou movimentações financeiras suspeitas que teriam facilitado os crimes do financista.