Macron elogia novas cláusulas de acordo UE-Mercosul - 06/11/2025 - Mercado

Macron elogia novas cláusulas de acordo UE-Mercosul – 06/11/2025 – Mercado

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O presidente da França, Emmanuel Macron, elogiou nesta quinta-feira (6) as novas salvaguardas do acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul, mas não confirmou se o documento será assinado em dezembro.

“A agenda é muito clara para o presidente Lula [PT]. Consideramos que, para muitos setores, o acordo Mercosul é muito positivo. Consideramos que geopoliticamente esta negociação é relevante, porque para ambos é uma boa forma de diversificação [de mercados]. No entanto, para alguns setores, especialmente para alguns agricultores, poderia ser muito prejudicial”, afirmou.

Macron teve uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta, durante a cúpula de líderes que antecede a COP30, a conferência sobre mudança climática da ONU (Organização das Nações Unidas).

Na quarta-feira (5), o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que após uma reunião entre o petista e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a expectativa era que o acordo fosse assinado em um encontro até o final do ano.

“Estudamos e discutimos a situação atual, e a presidente da Comissão reafirmou sua certeza, sua crença, sua firme esperança de que o acordo seja assinado no final do ano, dia 20 de dezembro, no Rio de Janeiro, quando será realizada a Cúpula do Mercosul”, disse Vieira.

A França é o país mais crítico ao acordo UE-Mercosul e fez exigências de novas salvaguardas para que ele fosse assinado, o que foi criado em negociação entre as duas partes.

Questionado, Macron não confirmou a possibilidade de a assinatura acontecer em dezembro.

Segundo ele, a Comissão Europeia deu uma sinalização positiva sobre as novas salvaguardas e há um trabalho de ajustes para fazer dessas cláusulas aceitáveis. Se isso acontecer, o acordo poderá ser finalizado, afirmou o presidente francês.

“O que está sendo negociado agora é como essas salvaguardas são refletidas pela Comissão Europeia com os membros [os países europeus]”, disse Macron.

“Tenho boas esperanças, mas ainda estou vigilante, e quando tivermos visibilidade sobre a implementação da salvaguarda, a minha resposta poderá ser sim”, completou.

Macron também defendeu que o mundo se reúna para reduzir as emissões de gases metano, que não são o principal vetor do aquecimento global (que é o CO2), mas tem importante peso na balança.

Reduzir metano costuma enfrentar resistência de setores, sobretudo do agronegócio, que já é afetado pela necessidade de diminuir o gás carbônico tradicional e teria que cumprir ainda outra exigência ambiental.

“O metano está claramente no topo da nossa agenda, especialmente vazamento de metano. Eu sei que muitos produtores, especialmente no Brasil, poderiam estar relutantes, mas acho que podemos unir todo mundo em torno [dessa pauta]”, disse.



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