O grupo Asur (Aeroportuario del Sureste), do México, surgiu como o principal proponente para comprar o portfólio de aeroportos da Motiva, disseram duas pessoas com conhecimento das negociações à agência de notícias Reuters.
A Motiva, anteriormente conhecida como CCR, comunicou em maio que havia iniciado o processo de venda dos terminais em uma mudança de estratégia para se concentrar em seu negócio principal de concessões de rodovias.
Até o momento, o Asur superou a oferta da operadora espanhola Aena e da argentina CAAP (Corporación América Airports), pelos 17 aeroportos da Motiva no Brasil e pelos hubs internacionais da empresa em Quito, San José e Curaçao, disseram as duas pessoas.
A oferta da Asur avaliou os ativos em cerca de R$ 5 bilhões, excluindo dívidas. Relatório anual do grupo informou que seus aeroportos atenderam cerca de 45 milhões de passageiros em 2024.
No Brasil, a Motiva controla as operações nos aeroportos de São José dos Pinhais (PR), Belo Horizonte, Goiânia, Pelotas (RS), São Luís, Uruguaiana (RS), Pampulha (MG), Bacacheri (PR), Bagé (RS), Foz do Iguaçu (PR), Imperatriz (MA), Joinville (SC), Londrina (PR), Navegantes (SC), Palmas, Petrolina (PE) e Teresina.
Aena e Motiva se recusaram a comentar sobre a venda. CAAP não respondeu a pedido de comentários.
A Asur afirmou em comunicado que submeteu oferta pelos aeroportos da Motiva no Brasil, Equador, Curaçao e Costa Rica, e acrescentou que nenhum acordo foi assinado.
O presidente-executivo da Motiva, Miguel Setas, afirmou na semana passada, durante conferência sobre os resultados do terceiro trimestre, que o grupo esperava anunciar a venda dos ativos antes do final de 2025.
A Motiva administra e mantém uma rede de rodovias, aeroportos e serviços de transporte de passageiros, incluindo metrôs e trens.