Bonner imita Cid Moreira ao se despedir do Jornal Nacional - 31/10/2025 - Ilustrada

Bonner imita Cid Moreira ao se despedir do Jornal Nacional – 31/10/2025 – Ilustrada

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William Bonner se despediu do Jornal Nacional na noite desta sexta (31). Ao final da última transmissão em que o jornalista esteve à frente do noticiário da Globo, ele deu uma pequena aula de jornalismo antes de receber César Tralli que o substituirá no programa a partir da próxima segunda-feira (3), ao lado de Renata Vasconcellos.

A partir de fevereiro, Bonner apresentará o Globo Repórter, junto de Sandra Annenberg, programa semanal que é composto principalmente por reportagens de maior fôlego, com um tempo maior de apuração e edição.

Ao se dirigir ao público durante o JN nesta noite, em um bloco que quebrou protocolos e se estendeu por mais de 20 minutos, ele falou sobre alguns dos diferentes tipos de notícias que compõem o trabalho de um jornalista.

O apresentador explicou que, uma vez em seu novo programa, ele terá mais tempo para se dedicar a reportagens do tipo, enquanto o JN abarca também, em grande quantidade, notícias diárias, que exigem apuração imediata e adaptação à velocidade dos acontecimentos.

Em seguida, Bonner e Vasconcellos se levantaram para receber Tralli. Os três reconheceram que o estúdio estava lotado de funcionários, e interagiram com a plateia ali presente. Bonner simulou o estilo do apresentador Cid Moreira e arriscou uma atmosfera mais íntima, compartilhando o seu nervosismo em relação às mudanças.

Foi exibida então uma retrospectiva dedicada a reportagens que marcaram a carreira de Tralli.

“Essa junção de experiência faz essa lapidação que nos torna ser quem somos hoje. Quero crer que muita da sensibilidade que tenho hoje para o jornalismo, o amor que tenho pelo próximo, do respeito que tenho pela reportagem, pelos repórteres, pelo trabalho que faço na rua, vem exatamente dessa história de rua, que eu digo que comecei amassando barro jovenzinho”, disse o novo apresentador do JN após a exibição da retrospectiva.

Outro momento que marcou a despedida de Bonner foi o discurso de Vasconcellos sobre a sua própria trajetória no Jornal Nacional. Pouco antes, o decano afirmou que a jornalista havia se juntado à bancada do noticiário, na mesma época, 11 anos antes.

“Estar na bancada do Jornal Nacional é abraçar a missão de informar o Brasil com jornalismo profissional, com isenção, com correção, com agilidade, mas com emoção também. É honrar essa bancada que tem mais de 50 anos com todas as equipes que fizeram e fazem esse trabalho e também quem está nos assistindo, a audiência do JN, o telespectador, cada brasileiro que assiste a esse jornal. Uma missão muito bonita, muito honrosa”, afirmou Vasconcellos.

Bonner, por sua vez, ressaltou os aprendizados que acumulou ao longo de seus 29 anos de programa. “O primeiro deles: o Jornal Nacional tira de quem integra essa equipe o simples direito de ser ingênuo. Nós não podemos ser ingênuos nunca porque nós temos a confiança de um país de que vamos fazer um trabalho de depuração daquilo que é certo, do que não é certo, do que é verdadeiro e do que não é”, disse Bonner.

“Outra coisa é: nós temos que estar sempre vacinados contra qualquer tipo de paixão de natureza ideológica, para que lado for. Mesmo com um ambiente de altíssima polarização, um país e um mundo hoje conflagrados com ideias que se chocam de maneira a um lado achar que o outro lado é inimigo. Mesmo nesse ambiente terrível, a gente não pode se contaminar, a gente não pode perder o foco dos fatos e da verdade”, continuou ele.

Ao final do programa, os três deram “boa noite” aos espectadores e deixaram o balcão entre os aplausos dos funcionários do Jornal Nacional. Parte dos abraços entre Bonner, Vasconcellos, Tralli, familiares dos jornalistas ali presentes e funcionários foi exibida durante os créditos.



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